Além de ser uma época para matar vários panetones, dezembro também é perfeito para fazer listas com os melhores do ano, numa tentativa de retrospectiva e homenagem. Assim como cu, opinião cada um tem a sua. E eis que aqui o Culturafagia apresenta os mais legais de 2014, com base num único critério: o pessoal, sem aquela falsa necessidade de se mostrar imparcial, coerente ou coisa e tal, algo que em listas é quase impossível de se seguir. Vamos lá!
14º. – Titãs – Nheengatu –
Depois da turnê revisitando o clássico “Cabeça Dinossauro”, os paulistas
quiseram presentear os fãs com canções “pesadas”. E conseguiram fazer
o melhor disco desde “Domingo”.
13º. – Far Form Alaska –
modeHuman – O grupo é potiguar, mas poderia ser de Austin. Na primeira vez
que ouvi, achei que fosse uma banda americana. A influência e as várias
referências são um deleite que deverão encantar no Lollapalooza 2015.
12º. – Alice Caymmi – Rainha dos
Raios – Carregando o sobrenome de peso do cancioneiro tupiniquim, o disco
da garota é porrada. Repleto de releituras mpbísticas, com detalhes eletrônicos
aqui e ali, é um belíssimo trabalho, sobretudo, de voz.
11º. – Silva – Vista Pro Mar
– As experimentações do primeiro disco ganharam suculência nessa segunda
excursão musical. O cara consegue ser pop sem apelar para o modismo e imprimi
personalidade sem parecer forçado ou manjado.
10º. – Tiê – Esmeraldas –
Sua música está pronta para as novelas da Globo. E isso é algo bom. Muito
melhor as suas baladas do que qualquer coisa da Ana Carolina. Mas, nesse
trabalho, Tiê flertou com o tropicalismo e caiu nos braços de David Byrne.
9º. – Banda do Mar – Banda do
Mar – Pop songs deliciosos para se ouvir na praia, na rua, na chuva e na
fazenda, numa casinha de sapê, no apartamento, esperando o ônibus ou na fila do
supermercado. Redondinho e perfeitinho. Sem mais.
8º. – Planar – Invasão –
Pop ballads repletas de excelentes refrões, o disco se destaca por ser indie,
sem ser chato. . “Trens” lembra muita coisa legal lançada no início de 2000,
quando o pop/rock jorrava alegrias juvenis.
7º. – Charme Chulo –
Crucificados Pelo Sistema – A fusão de caipirices com pós-punk inglês
continua trazendo excelentes frutos aos curitibanos. E a festa rola solta como
se o Echo and The Bunnymen tocasse em um celeiro no interior de Coronel Vivida.
6º. – Criolo – Convoque Seu
Buda – A natural continuação de “Nó na Orelha” comprova que ele não é
apenas um rapper: é um cantor. Sua interpretação no refrão da faixa-título é
digna da melhor nota. Genial.
5º. – Pato Fu – Não Pare Pra
Pensar – Quando todo mundo achou que a banda ia apresentar uma mesmice
repleta de baladinhas fofas (culpa do segundo solo de Fernanda Takai), eis que
o grupo surpreende com canções cheias de andamentos distintos. Um golaço.
4º. – Nação Zumbi – Nação Zumbi
– Tem tudo um pouco. Dub, reggae, os bons tambores do maracatu, pop e até
uma linda balada com a Marisa Monte. Os caras continuam sagazes e a guitarra de
Lúcio Maia ainda é a melhor da atualidade.
3º. – Mombojó – Alexandre –
Desde que surgiu com “Nadadenovo”, o grupo segue sendo um dos melhores vindo da
cena pós-manguebeat. Sua brasilidade é sinônimo de arranjos inspirados e gostosuras
sônicas abençoadas.
2º. – Thiago Pethit – Rock`n`Roll
Sugar Baby – Numa mistureba de português com inglês e produção de Adriano Cintra
e Kassin, o cara desmunhecou de vez pela onda afetada, algo que iniciou com “Moon”
e nos presenteou com seu melhor trabalho até agora.
1º. – Juçara Marçal – Encarnado
– A vocalista do Metá Metá é uma força da natureza inundada de pura
inspiração vocal. E ela juntou uma galera de responsa para fazer de “Encarnado”
o melhor trabalho em anos da MPB. Nossos ouvidos agradecem.













