terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Minha listinha dos 14 melhores álbuns nacionais de 2014

Além de ser uma época para matar vários panetones, dezembro também é perfeito para fazer listas com os melhores do ano, numa tentativa de retrospectiva e homenagem. Assim como cu, opinião cada um tem a sua. E eis que aqui o Culturafagia apresenta os mais legais de 2014, com base num único critério: o pessoal, sem aquela falsa necessidade de se mostrar imparcial, coerente ou coisa e tal, algo que em listas é quase impossível de se seguir. Vamos lá!



14º. – Titãs – Nheengatu – Depois da turnê revisitando o clássico “Cabeça Dinossauro”, os paulistas quiseram presentear os fãs com canções “pesadas”. E conseguiram fazer o melhor disco desde “Domingo”.



13º. – Far Form Alaska – modeHuman – O grupo é potiguar, mas poderia ser de Austin. Na primeira vez que ouvi, achei que fosse uma banda americana. A influência e as várias referências são um deleite que deverão encantar no Lollapalooza 2015.



12º. – Alice Caymmi – Rainha dos Raios – Carregando o sobrenome de peso do cancioneiro tupiniquim, o disco da garota é porrada. Repleto de releituras mpbísticas, com detalhes eletrônicos aqui e ali, é um belíssimo trabalho, sobretudo, de voz.



11º. – Silva – Vista Pro Mar – As experimentações do primeiro disco ganharam suculência nessa segunda excursão musical. O cara consegue ser pop sem apelar para o modismo e imprimi personalidade sem parecer forçado ou manjado.



10º. – Tiê – Esmeraldas – Sua música está pronta para as novelas da Globo. E isso é algo bom. Muito melhor as suas baladas do que qualquer coisa da Ana Carolina. Mas, nesse trabalho, Tiê flertou com o tropicalismo e caiu nos braços de David Byrne.



9º. – Banda do Mar – Banda do Mar – Pop songs deliciosos para se ouvir na praia, na rua, na chuva e na fazenda, numa casinha de sapê, no apartamento, esperando o ônibus ou na fila do supermercado. Redondinho e perfeitinho. Sem mais.



8º. – Planar – Invasão – Pop ballads repletas de excelentes refrões, o disco se destaca por ser indie, sem ser chato. . “Trens” lembra muita coisa legal lançada no início de 2000, quando o pop/rock jorrava alegrias juvenis.



7º. – Charme Chulo – Crucificados Pelo Sistema – A fusão de caipirices com pós-punk inglês continua trazendo excelentes frutos aos curitibanos. E a festa rola solta como se o Echo and The Bunnymen tocasse em um celeiro no interior de Coronel Vivida.



6º. – Criolo – Convoque Seu Buda – A natural continuação de “Nó na Orelha” comprova que ele não é apenas um rapper: é um cantor. Sua interpretação no refrão da faixa-título é digna da melhor nota. Genial.



5º. – Pato Fu – Não Pare Pra Pensar – Quando todo mundo achou que a banda ia apresentar uma mesmice repleta de baladinhas fofas (culpa do segundo solo de Fernanda Takai), eis que o grupo surpreende com canções cheias de andamentos distintos. Um golaço.



4º. – Nação Zumbi – Nação Zumbi – Tem tudo um pouco. Dub, reggae, os bons tambores do maracatu, pop e até uma linda balada com a Marisa Monte. Os caras continuam sagazes e a guitarra de Lúcio Maia ainda é a melhor da atualidade.



3º. – Mombojó – Alexandre – Desde que surgiu com “Nadadenovo”, o grupo segue sendo um dos melhores vindo da cena pós-manguebeat. Sua brasilidade é sinônimo de arranjos inspirados e gostosuras sônicas abençoadas.



2º. – Thiago Pethit – Rock`n`Roll Sugar Baby – Numa mistureba de português com inglês e produção de Adriano Cintra e Kassin, o cara desmunhecou de vez pela onda afetada, algo que iniciou com “Moon” e nos presenteou com seu melhor trabalho até agora.




1º. – Juçara Marçal – Encarnado – A vocalista do Metá Metá é uma força da natureza inundada de pura inspiração vocal. E ela juntou uma galera de responsa para fazer de “Encarnado” o melhor trabalho em anos da MPB. Nossos ouvidos agradecem.