
Quando lançaram “Is This It”, o rock estava passando novamente por uma crise. Se os Strokes não chegaram a salvar o mundo, ao menos presentearam os carentes de plantão com um belíssimo disco de releituras de ideias, viciante, chaparral e certeiro. Depois vieram “Room On Fire” e “First Impressions of Earth”, que não fizeram feio nas prateleiras.
Agora o vocalista Julian Casablancas baixa a guarda e foge da zona de conforto e oferece possibilidades aos outros integrantes de assumir a direção das composições. Rivers Cuomo, do Weezer, fez a mesma coisa, e o aconteceu? Frankenstein sônico.
A nova empreitada dos Strokes não é genial, mas supera super-lançamentos aguardados, como “The King Of Limbs”, do Radiohead, que vale mais pela dancinha do Thom Yorke no clipe “Lotus Flower” do que qualquer outra canção inédita dos ingleses.
O single do grupo de Casablancas, “Under Cover Of Darkness” poderia estar facilmente no debut da banda, com exceção do solo de guitarra que se mostra mais elaborado do que o “faça você mesmo” de “Last Night”. A faixa contagia e dá uma vontade de sair dançando como o Tom Hansen, do filme “500 Dias com Ela”.
Outra canção que invade o tímpano facilmente, mas com estranheza, é “Machu Picchu”, que evoca todas as forças dos anos 1980 possíveis. Dá até para imaginar o Boy George se acabando com cocaína em uma pista de dança europeia. Aliás, o álbum todo é praticamente uma homenagem à década de Echo and Bunnymen, Smiths, Cindy Lauper e Prince. A sensação “deja ouvi” e elementos moderdinhos para contentar o eleitorado desfilam por “Angles”. Nada que o The Killers não tenha feito em “Day and Age”, mas, talvez, um pouco melhor.
Leonardo Handa - Jornalista
Agora o vocalista Julian Casablancas baixa a guarda e foge da zona de conforto e oferece possibilidades aos outros integrantes de assumir a direção das composições. Rivers Cuomo, do Weezer, fez a mesma coisa, e o aconteceu? Frankenstein sônico.
A nova empreitada dos Strokes não é genial, mas supera super-lançamentos aguardados, como “The King Of Limbs”, do Radiohead, que vale mais pela dancinha do Thom Yorke no clipe “Lotus Flower” do que qualquer outra canção inédita dos ingleses.
O single do grupo de Casablancas, “Under Cover Of Darkness” poderia estar facilmente no debut da banda, com exceção do solo de guitarra que se mostra mais elaborado do que o “faça você mesmo” de “Last Night”. A faixa contagia e dá uma vontade de sair dançando como o Tom Hansen, do filme “500 Dias com Ela”.
Outra canção que invade o tímpano facilmente, mas com estranheza, é “Machu Picchu”, que evoca todas as forças dos anos 1980 possíveis. Dá até para imaginar o Boy George se acabando com cocaína em uma pista de dança europeia. Aliás, o álbum todo é praticamente uma homenagem à década de Echo and Bunnymen, Smiths, Cindy Lauper e Prince. A sensação “deja ouvi” e elementos moderdinhos para contentar o eleitorado desfilam por “Angles”. Nada que o The Killers não tenha feito em “Day and Age”, mas, talvez, um pouco melhor.
Leonardo Handa - Jornalista