Fica difícil de acompanhar tantas novidades que se espalham mais do que herpes pela internet. Na música, o negócio é mais complicado e por vezes você acaba encontrando ouro, mas também é fácil encontrar tolos. Mas muito melhor assim do que os tempos analógicos. Certeza que os puristas não concordam com isso e ficam a lustrar os seus vinis do Chico Buarque.
Dias atrás, boiando pelo ciberespaço um truque de ataque-surpresa cospe no monitor o nome Bluebell. Cantora estrangeira? Nada, brasileiríssima, que antes atendia por codinome ou pseudônimo diferentes. Só foi iniciar o primeiro acorde de “Chalala” para o reconhecimento pairar: Sim! Conheço, é a música de abertura do programa “Aline”.
Bluebell é conhecida pelos mais atentos do centro paulista e já gravou jingles publicitários. Porém, é em “Eu Sou Do Tempo Em Que a Gente Se Telefonava” que pode se perceber a abragência musical da moça, que adiciona jazz nos arranjos e melodias. A voz semi-anasalada casa perfeitamente com as letras que, se não são originais, fazem muito mais sentido do que o hit do verão.
O disco da Bluebell precisa ser bebido aos poucos, somente assim dá para se perceber cada sabor. Isso não quer dizer que ele seja difícil, pode significar que é melhor apreciar sem pressa, mesmo nesses tempos efêmeros de universo on-line. Se você é do tempo em que as pessoas se telefonavam, fosse para dizer um “olá” ou dar parabéns que não fosse pelo Orkut, jogue o ouvido para a Bluebell.
O álbum pode ser baixado gratuitamente, e legalmente, pelo endereço http://www.amusicoteca.com.br/?p=2740.
Leonardo Handa - Jornalista
Dias atrás, boiando pelo ciberespaço um truque de ataque-surpresa cospe no monitor o nome Bluebell. Cantora estrangeira? Nada, brasileiríssima, que antes atendia por codinome ou pseudônimo diferentes. Só foi iniciar o primeiro acorde de “Chalala” para o reconhecimento pairar: Sim! Conheço, é a música de abertura do programa “Aline”.
Bluebell é conhecida pelos mais atentos do centro paulista e já gravou jingles publicitários. Porém, é em “Eu Sou Do Tempo Em Que a Gente Se Telefonava” que pode se perceber a abragência musical da moça, que adiciona jazz nos arranjos e melodias. A voz semi-anasalada casa perfeitamente com as letras que, se não são originais, fazem muito mais sentido do que o hit do verão.
O disco da Bluebell precisa ser bebido aos poucos, somente assim dá para se perceber cada sabor. Isso não quer dizer que ele seja difícil, pode significar que é melhor apreciar sem pressa, mesmo nesses tempos efêmeros de universo on-line. Se você é do tempo em que as pessoas se telefonavam, fosse para dizer um “olá” ou dar parabéns que não fosse pelo Orkut, jogue o ouvido para a Bluebell.
O álbum pode ser baixado gratuitamente, e legalmente, pelo endereço http://www.amusicoteca.com.br/?p=2740.
Leonardo Handa - Jornalista
