
No cotidiano, algumas pessoas entram em sua vida sem pedir licença. Para tantas, a paixão acontece aos poucos, como se a cada dia um descascar da personalidade se mostrasse praticamente um absurdo arrebatador. Na música, algo parecido também acontece, como a apreciação em banho-maria-cativador de um álbum, canção ou melodia. “Toque Dela”, o novo trabalho do Marcelo Camelo, é assim.
A beleza lírica simplista de “A Noite”, que abre o álbum, conquista aos poucos, mas a primeira frase de impacto, “triste é viver só de solidão”, inicia o chamamento de atenção.
A pena da caneta do compositor ainda se mostra esperta e destila lindos fragmentos no decorrer das faixas, como na animação contida de “Ô ô”, primeiro single do disco, cuja cadência inicial te embala a sentimentos pueris, afinal, como entrega o texto, “pode estar até a verdade”. Subjetivismo? Lógico! Algo fundamental no universo de Marcelo Camelo desde a época do Los Hermanos. E é justamente isso que continua sendo a cereja. Cada qual interpreta da maneira que melhor lhe couber, encaixar, identificar. O compositor apenas mostra o caminho.
Contexto assim continua em “Três Dias”, sexta canção do trabalho. Os sopros transitam no pensamento do ouvinte que pode formar a imagem do cotidiano que capta na vivência atual. “Se tiver vontade, chama”, entrega o cantor.
Sem pedir licença, “Toque Dela” te cativa, como aquelas pessoas que quando você menos percebe se tornam peças fundamentais para o continuar do seu dia-a-dia.
Leonardo Handa - Jornalista
A beleza lírica simplista de “A Noite”, que abre o álbum, conquista aos poucos, mas a primeira frase de impacto, “triste é viver só de solidão”, inicia o chamamento de atenção.
A pena da caneta do compositor ainda se mostra esperta e destila lindos fragmentos no decorrer das faixas, como na animação contida de “Ô ô”, primeiro single do disco, cuja cadência inicial te embala a sentimentos pueris, afinal, como entrega o texto, “pode estar até a verdade”. Subjetivismo? Lógico! Algo fundamental no universo de Marcelo Camelo desde a época do Los Hermanos. E é justamente isso que continua sendo a cereja. Cada qual interpreta da maneira que melhor lhe couber, encaixar, identificar. O compositor apenas mostra o caminho.
Contexto assim continua em “Três Dias”, sexta canção do trabalho. Os sopros transitam no pensamento do ouvinte que pode formar a imagem do cotidiano que capta na vivência atual. “Se tiver vontade, chama”, entrega o cantor.
Sem pedir licença, “Toque Dela” te cativa, como aquelas pessoas que quando você menos percebe se tornam peças fundamentais para o continuar do seu dia-a-dia.
Leonardo Handa - Jornalista