O calor está derretendo o pouco que sobrou da minha lembrança mais triste. Mas ainda bem que te encontrei. Foi culpa da areia do mar que soprou em meus olhos um sonho com você. Estou ficando brega, declarando exacerbadamente o amor que deixei fugir naquela rodoviária. A canção mais melosa e irritantemente apaixonada não sai do som. É a faixa sete daquele disco, de um cantor que eu sempre gostei, assim como a subjetividade que me invade. Não importa. Eu ainda posso te ver na lembrança daquele vestido azul que rodopiava e balançava até os pederastas. Continuo dizendo: ainda bem que te encontrei.
Quando você veio me oferecendo bebida, eu não neguei. Bebi a última gota. Então, eu te olhei. Você sorriu. Eu procurei. Você também. Eu te beijei. E você seguiu. A hora mais longa ficou mais curta e devorou o destino traçado pelo acaso da sua boca de lábios rachados. Mesmo assim, belamente provocantes. Não sei se você está entendendo o sentimento confuso e ampliado, mas os insetos que me causavam ânsia ainda estão no meu estômago. Não se preocupe, não foi você que os colocou. Foi a incerteza que me causou. E agora, ainda longe te vejo perto e te procuro quando perco o olhar no vazio. Acendo um cigarro. Bebo um teco. E encontro você. Realmente, estou ficando muito, mas muito brega. Está escorrendo pela tela no computador, não está vendo?
No mais, gira o mundo no avesso dos meses, tento emocionar o diabo e vou matando um filme por dia. Os longas-metragens são importantes nesse momento. Agora leia esse texto rápido, pois já irei tirar do meu about me.
Quando você veio me oferecendo bebida, eu não neguei. Bebi a última gota. Então, eu te olhei. Você sorriu. Eu procurei. Você também. Eu te beijei. E você seguiu. A hora mais longa ficou mais curta e devorou o destino traçado pelo acaso da sua boca de lábios rachados. Mesmo assim, belamente provocantes. Não sei se você está entendendo o sentimento confuso e ampliado, mas os insetos que me causavam ânsia ainda estão no meu estômago. Não se preocupe, não foi você que os colocou. Foi a incerteza que me causou. E agora, ainda longe te vejo perto e te procuro quando perco o olhar no vazio. Acendo um cigarro. Bebo um teco. E encontro você. Realmente, estou ficando muito, mas muito brega. Está escorrendo pela tela no computador, não está vendo?
No mais, gira o mundo no avesso dos meses, tento emocionar o diabo e vou matando um filme por dia. Os longas-metragens são importantes nesse momento. Agora leia esse texto rápido, pois já irei tirar do meu about me.
Não tento mais me descrever. É algo complicado. Quando acredito que cheguei a algum estágio evolutivo, ocorre um retrocesso e o sucesso garantido para no fundo do copo de veneno. É claro que depois eu entorto e retorno ao desencontro do caminho. Mas, como na vida muitas coisas são dilemas, vou viver os meus. A Fiona Apple continua como bela companhia, sussurrando poesia e dedilhando canções junto ao piano. Minha amante perdida nas distâncias isoladas continua a procura pela resposta tão banal, quanto bela. Sim, eu a amo. E os livros vão tomando lugar na estante empoeirada. Proliferação de ácaros subversivos para as narinas mais sensíveis. Coisa de preguiçoso na ociosidade metafórica do dia-a-dia.
Mais um ano vai devorando o tempo da desgraça. Quem sabe seja diferente, como alguma canção do John Cale. Ou tenha beleza e idiossincrasia, como qualquer película do Bertolucci. Pensando no pior, pode ser a mesma coisa que continua e prossegue no ar que vai corroendo os pulmões. O Ministério da Saúde sempre adverte, mas a felicidade não se compra em lojas de conveniência. Nem é hit radiofônico, mas as canções sobre a tristeza vendem mais, geram mais, regam mais. É uma pena. E continua a lanterna dos afogados incompreendidos nas horas mais imprecisas da precisão da incerteza. E não se esqueça, eu te amo.