sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Trolagem - Sinais do Sim - Paralamas do Sucesso



Sério, me esforcei, mas não deu. É com tristeza que digo: os Paralamas do Sucesso não são mais aquela coisa. A gente espera de uma banda de calibre (entendeu, ó?) algo que surpreenda, ainda mais no caso do grupo do Herbert Vianna. Queremos um hit fodido, com aqueles solos de guitarra que dão para assobiar de tão bons. O que não se encontra em "Sinais do Sim". A banda ficou oito anos sem lançar inéditas e devia ter esperado mais oito para pensar em por este disco atual no mercado. 

O trabalho é arrastado, falta vontade, é preguiçoso e bem monótono. As canções não evoluem e nem a produção do conceituado Caldato Jr ajuda. Aliás, o profissional poderia ter exigido um pouco mais do grupo. Acho que faltou competência. 

O disco começa com a sofrível faixa título. Quando haviam lançado no Spotify como primeiro jingle, já deu para perceber a falta de inspiração, o andar vagaroso e o marasmo da melodia. Tudo bem, o Herbert passou por tudo aquilo, aquele acidente que o deixou sequelado. É recompensador vê-lo vivo, na batalha. É bonito e tudo mais. Porém, sua voz de outrora, mesmo ruim, combinava com o que cantava. E ficava gostosinho. Agora tudo parece sofrível. Difícil suportar. 

O álbum que já está disponível nos streamings da vida, contém 11 faixas, uma em inglês, "Blow The Wind", composta exclusivamente pelo Herbert, e uma regravação da Soda Stereo, talvez o maior grupo de pop/rock da Argentina. E ficou péssima. Não precisavam ter moído no liquidificador, sem dó, a linda "Cuando Pase El Templor", A CANÇÃO do falecido Gustavo Cerati. Certeza que suas cinzas estão remoendo. Apesar de soar como homenagem, não precisava, sério. Ficou uma porcaria. 

No mais, mesmo sendo um disco rápido (canções com pouco mais de dois minutos), ao ouvi-lo, dá a impressão de que ele não termina NUNCA. Meio indigesto. Porém, são os Paralamas, né? Tem que ter ao menos respeito, apesar de ser meio merda.