Nerd que se preze, precisa cultivar um monstrinho.
Chega uma hora em que as bandas param, respiram e pensam: hora de
olhar para o passado. Rolling Stones, R.E.M., Sonic Youth, Madonna, Barão
Vermelho, Skank, Lady Gaga (brincadeira, essa nem tem o que revisitar) são
alguns exemplos. E agora chegou a vez do Weezer.
Todo bom adolescente dos anos 1990 tinha na cabeceira o famoso Blue
Album, repleto de letras espertas e refrãos grudentos. Pinkerton também estava
na listinha das canções favoritas do grupo de Rivers Cuomo. Eis que depois de
alguns momentos constrangedores, a banda chamou o antigo parceiro Ric Ocasek e
nos entregou “Everything Will Be Alritght In The End”. Conforme relevou o
título, no fim, tudo acaba bem, graças às músicas “The Waste Land”, “Anonymous”
e “Return To Ithaka”, três belezinhas do indie-pop-só-que-não.
Se você sentiu saudade daquela pegada guitarrística dos primeiros
discos, mergulhe sem medo que o trabalho cumpre sua função. Cuomo continua o
mesmo reclamão de sempre em seus textos, porém, embalados pelo momento “revisit”,
vale cada acorde distorcido.
Quando terminar de degustar o álbum, aqueles que chegaram aos 30 anos,
vão refletir: como eu fui feliz na adolescência. E por que não dei tanto valor?
That’s it.
